A Igreja no Brasil e no mundo convidam os fiéis ao exercício da generosidade e da fé nas missas do dia 13 de setembro. Neste dia, será realizada a Coleta para os Lugares Santos, que tradicionalmente ocorre na Sexta-feira Santa. Essa mudança se deu por causa da pandemia do novo Coronavírus que atingiu o mundo e a transferência de data, aprovada pelo Papa Francisco, foi escolhida por ser o domingo próximo à Festa da Exaltação da Santa Cruz.
De acordo com o Vatican News, a coleta faz parte das atividades promovidas pela Custódia Franciscana da Terra Santa a fim de conservar e revitalizar os lugares sagrados do cristianismo na Terra de Jesus e em todo o Oriente Médio.
A Igreja tem um cuidado especial com os lugares onde Jesus viveu. Ao todo, a Custódia da Terra Santa tem o compromisso de guardar 80 santuários, localizados nas atuais fronteiras de Israel, Palestina, Jordânia e Síria.
Do Monte Nebo, lugar de onde Moisés contemplou a Terra Prometida aos santuários da vida, paixão e morte de Jesus. De Jerusalém é considerada o coração da Terra Santa. No Monte das Oliveiras, os Santuários da Paixão: o pranto e o lamento de Jesus sobre Jerusalém são celebrados na igreja do Dominus Flevit, que oferece uma das vistas mais significativas da Cidade Santa. Poucos metros abaixo, ao lado do jardim das oliveiras, está a Basílica do Getsêmani, lugar da agonia de Jesus”, descreve a Custódia.
E só é possível manter o cuidado e o sustento da presença cristã nestas regiões graças à contribuição dada por toda a Igreja na coleta feita especialmente para os Lugares Santos. O secretário executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista, ressalta a importância dos brasileiros participarem desta ação.
Em um vídeo divulgado recentemente pelo Vatican News, o Custódio da Terra Santa, o padre franciscano Francesco Patton, ressalta que a coleta a favor da Terra Santa é um pequeno gesto de solidariedade para o qual toda a Igreja é chamada a participar.
Segundo o frei, a contribuição é para sustentar através da Custódia as comunidades cristãs que vivem na Terra Santa e que sentem sobre os próprios ombros o peso e a glória da Cruz de Jesus.
“Graças a generosa ajuda dos cristãos de todo o mundo, nós podemos continuar cuidando e mantendo os Lugares Santos do Cristianismo; do Santo Sepulcro à Basílica da Natividade até aos santuários menos notados; podemos sustentar a ação pastoral das paróquias a nós confiadas”, destaca
Frei Francesco Patton explica no vídeo que com o dinheiro da coleta também é possível realizar diversas outras ajudas como educação, acolhida a migrantes e pessoas menos favorecidas.
“Podemos garantir instrução e educação de qualidade a mais de 10 mil estudantes que frequentam as nossas escolas; podemos ajudar as jovens famílias a encontrar um lar; podemos amparar os trabalhadores migrantes cristãos, fazendo-os sentir-se acolhidos mesmo que longe da própria pátria; podemos nos colocar ao lado das pessoas atingidas pela guerra na Síria e ao lado dos refugiados ainda espalhados nos mais diversos países em que nos encontramos vivendo a nossa missão”, ressalta.
Texto e imagens: Reprodução/CNBB